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Especialidades

ACUPUNTURA

Para grande parte dos proprietários de animais domésticos parece estranho a indicação da acupuntura como forma de tratamento de várias doenças. Esta afirmação, em parte, se deve ao fato de que a acupuntura é um método terapêutico muito conhecido e difundido na Medicina Tradicional Chinesa com indicação para o homem e seus males.

Para nossos animais de estimação podemos fazer uso desta prática que também utiliza estímulos físicos (agulha, laser) e químicos (acuinjeção) em áreas definidas na pele para terapêutica de doenças funcionais reversíveis, assim como para melhora do estado clinico geral em determinadas doenças sérias.

Estas características possibilitam sua aplicação em alterações funcionais tais como:

  • aparelho locomotor (dor aguda traumática, miosite, tendinite, paralisias);
  • patologias do sistema digestório, urinário, respiratório e reprodutor;
  • doenças de pele e imunoestimulação em geral;
  • reabilitação no pós-operatório, entre outras.

Quando usada corretamente, a Acupuntura não apresenta contra-indicações constituindo uma boa terapia adjuvante, e inúmeras vezes apreciada pelos pacientes.


MEDIDA DE PRESSÃO ARTERIAL (MPA)

A mensuração da pressão arterial é realizada por método não invasivo: esfigmomanômetro associado a Doppler vascular. É utilizada não apenas para pacientes cardiopatas, mas também para aqueles nefropatas e na avaliação pré-operatória.

A hipertensão arterial sistêmica (HSA) ou elevação persistente da pressão sanguínea arterial é reconhecida como uma doença que acomete os cães e gatos, mas contrariamente ao que ocorre na medicina humana a sua aferição não é um procedimento de rotina entre os clínicos veterinários.

A hipertensão pode ser classificada como:

  1. primária: sem causas aparentes, mas tem predileção por humanos;
  2. secundária a doenças como: hefropatias crônicas, diabetes melitus, hiperadrenocorticismo, hipertireoidismo, feocromocitoma e traumatismos do sistema nervoso central (SNC).

            A hipertensão crônica afeta diretamente alguns órgãos e tem suas conseqüências:

  1. rins: declínio da função renal, dano glomerular, perda dos néfrons e aumento da proteinúria;
  2. coração: sopro cardíaco, ritmo de galope, hipertrofia ventricular esquerda;
  3. cérebro: acidente vascular cerebral, trombose, hipóxia, edema cerebral e necrose;
  4. olhos: hemorragia retinal, hifema, descolamento de retina, papiloedema, tortuosidade dos vasos retinianos.

Por causar prejuízo aos órgãos nobres é importante que seja diagnosticada e tratada o mais precocemente possível.

Observações:
O ideal é que a pressão arterial sistêmica seja mensurada em períodos diferentes do dia, ou seja, manhã, tarde ou noite, visto que os valores podem variar no decorrer do dia. Não sendo possível, recomenda-se que o animal repouse, por pelo menos 20 minutos, antes das tomadas. São realizadas cinco mensurações consecutivas, de onde são obtidos os valores médios de pressão arterial sistólica e diastólica. A interpretação dos valores sempre deve ser feita em conjunto com o exame clínico e acompanhado periodicamente.


ELETROCARDIOGRAFIA

A eletrocardiografia se baseia no registro dos fenômenos elétricos na superfície corpórea, que se originam durante a atividade cardíaca, sendo assim essencialmente inclui a avaliação do ritmo cardíaco, freqüência cardíaca e as ondas P-QRS-T.

Como um dos exames complementares disponíveis, ele é mais recomendado para a avaliação de arritmias cardíacas e desordens de condução do estímulo elétrico. Para uma avaliação mais criteriosa do sistema cardiovascular e para o diagnóstico de cardiomiopatias, devemos associar este exame complementar à radiografia torácica, medição de pressão arterial sistêmica e ecodopplercardiografia.

As principais aplicações são:

  • Avaliação do aumento de câmaras cardíacas, por dilatação ou hipertrofia;
  • Avaliação de miocardites, anomalias congênitas ou adquiridas, detecção da presença de insuficiência cardíaca e a identificação de efusão pericárdica;
  • Avaliação do efeito de drogas que atuam diretamente sobre o coração, ou como avaliação pré-anestésica;


CARDIOLOGIA

O coração é um dos primeiros órgãos a se formar durante o desenvolvimento embrionário, mantém o suprimento sanguíneo para todo o organismo e permanece em constante atividade durante toda a vida. A manutenção da função cardíaca normal pode ser relacionada a uma série de fatores como o padrão genético e racial dos animais, o tipo de nutrição recebida, a atividade física que realiza e o desenvolvimento de doenças sistêmicas.

Os cães e gatos no decorrer de suas vidas podem desenvolver diversas doenças cardíacas, principalmente com o avançar da idade. Entre as doenças de cães mais frequentes é possível observar o desenvolvimento de degeneração da valva mitral, cardiomiopatia dilatada e arritmias; havendo uma forte predisposição racial principalmente em cães da raça Boxer, Cocker Spaniel Inglês e Dobermann Pinscher, Schnauzer, Poodle, Pinscher e York Shire Terrier. Há ainda, em menor frequência, o desenvolvimento de doenças congênitas, que podem demonstrar sinais clínicos logo nos primeiros meses de vida do animal. Os gatos, por sua vez, podem apresentar cardiomiopatia hipertrófica e a cardiomiopatia restritiva, porém em menor frequência.

Os sinais clínicos mais comuns de doenças que acometem o coração incluem tosse, dificuldade respiratória (dispnéia), língua azulada (cianose), cansaço fácil e intolerância ao exercício (percebe-se quando o animal diminui o ritmo ou não consegue fazer o mesmo percurso do passeio que costumava fazer), aumento de volume abdominal (ascite), e desmaios (síncopes). Atualmente o médico veterinário dispõe de exames como radiografia, eletrocardiografia e ecodopplercardiografia para o auxílio diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas.

É importante destacar que animais com doenças cardíacas podem viver bem por muitos anos quando recebem o devido acompanhamento especializado.