Vômito constante ou diarreia são dois sintomas comuns em cães e gatos e podem estar relacionados a vários fatores conforme indica a especialista do Hospital Veterinário Pet Care, Carla Alice Berl. “Vômitos contínuos podem ser consequência de uma gastrite, alergia ou intoxicação alimentar, úlcera gastroduodenal, insuficiência renal, verminose, giardíase, virose”, explica a médica veterinária.
Além disso, doenças hepáticas, ingestão de corpos estranhos, pancreatite, cistite, piometra, problemas neurológicos, tumores e outras patologias podem estar associadas à essa disfunção. “Diversas afecções podem causar vômitos frequentes e os proprietários de pets devem buscar o auxilio de um veterinário de confiança para diagnosticar corretamente a causa do problema”, diz Carla.
Maus costumes percebidos no dia-a-dia também podem estar ligados ao problema e devem ser analisados. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, comer rápido e em seguida beber grandes quantidades de água não é fator que leva o animal a vomitar. “Há uma variação de animal para animal, nem todos os casos estão relacionados a comer e beber muita água. Talvez no caso dos filhotes, comer rápido e ir brincar logo em seguida possa fazê-lo vomitar”, explicas a veterinária.
Por outro lado, animais ficam a maior parte do tempo soltos correm o risco de ingerir substâncias venenosas ou químicas que são maléficas ao organismo do animal. “Situações em que os pets possam ingerir venenos, pesticidas, plantas venenosas, chocolates, e outros químicos, são de alto risco para a saúde do animal”, alerta a veterinária.
Quanto à prática de se lamber, Carla explica que na verdade, filhotes e adultos já são acostumados a se lamber, ou ao chão. “Mas alguns produtos, insetos, ou répteis podem induzir ao vômito”, afirma.
Sobre a frequência dos vômitos
O vômito nos animais, assim como nos seres humanos, geralmente é consequência de alguma doença ou mal-estar. Assim, vômitos ocasionais, uma vez por mês, por exemplo, são aceitáveis, mas se essa frequência for de uma vez por semana, o animal deve passar por avaliação.
Segundo a veterinária, é muito importante diferenciar vômito da regurgitação. “Quando vomita, o animal faz a mímica da contração abdominal. Já quando vai regurgitar, ele simplesmente expele o conteúdo alimentar e este vem do acúmulo no esôfago. De qualquer maneira, o vômito espumoso claro ou amarelo é melhor que o vômito cor de borra de café ou sangue”, explica. Nesse caso, ambos indicam presença de sangue.
Quanto há vômitos com odor fétido de fezes, estes podem indicar obstrução intestinal alta. Os vômitos que ocorrem de madrugada muitas vezes podem indicar gastrite. “Isso quando faz mais de nove horas que o animal se alimentou pela ultima vez”, diz a veterinária. Assim, o importante é saber que se vomitou muitas vezes seguida, pode ficar desidratado, principalmente se estiver acompanhado de diarréia.
A veterinária afirma que já existem medicações veterinárias super específicas para controlar o vômito e que são 95% eficientes. Porém, segundo ela, é preciso descobrir a causa do problema e tratá-lo. “O tratamento vai depender de resultados do exame clínico e ou ultrassom, hemograma e bioquímica sanguínea, endoscopia, biopsia, entre outros”, finaliza.
Fonte: Sigma Six Comunicação